Na tarde desta quinta-feira (8), a Igreja Católica anunciou a eleição de seu novo líder espiritual: o cardeal norte-americano Robert Francis Prevost, que adotou o nome de Papa Leão XIV. A escolha foi confirmada após a tradicional fumaça branca surgir da chaminé da Capela Sistina, indicando que os cardeais reunidos no conclave haviam alcançado consenso.

Aos 69 anos, Leão XIV torna-se o 267º papa da Igreja Católica e o primeiro nascido nos Estados Unidos a ocupar o trono de São Pedro. Nascido em Chicago em 14 de setembro de 1955, Prevost possui raízes franco-italianas e espanholas. Membro da Ordem de Santo Agostinho, ele atuou por muitos anos como missionário no Peru, onde foi nomeado bispo de Chiclayo em 2014 pelo Papa Francisco. Em janeiro de 2023, foi nomeado prefeito do Dicastério para os Bispos e elevado ao cardinalato em setembro do mesmo ano.

A eleição de Leão XIV ocorre após o falecimento do Papa Francisco em 21 de abril de 2025, aos 88 anos, devido a um acidente vascular cerebral. O conclave, iniciado em 7 de maio, contou com a participação de 133 cardeais eleitores e alcançou a decisão na quarta votação, no segundo dia de deliberações.
Em sua primeira aparição pública como pontífice, Leão XIV dirigiu-se aos fiéis reunidos na Praça de São Pedro com palavras de gratidão e esperança. Em espanhol, ele dedicou uma mensagem especial à sua antiga diocese no Peru: “Agradeço de coração à querida comunidade de Chiclayo, que sempre estará em minhas orações”.

O novo papa é conhecido por seu perfil moderado e por sua dedicação às reformas iniciadas por seu antecessor, especialmente no combate aos abusos e na promoção de uma Igreja mais próxima dos marginalizados. Sua eleição simboliza a continuidade de um papado voltado para a justiça social, o diálogo inter-religioso e a renovação pastoral.
A escolha do nome “Leão XIV” remete a uma tradição papal histórica, sendo “Leão” um dos nomes mais adotados por pontífices ao longo dos séculos.
Com a eleição de Leão XIV, a Igreja Católica inicia um novo capítulo, marcado pela diversidade cultural e pelo compromisso com os desafios contemporâneos da fé e da sociedade.
Da Redação